27 dezembro 2007

O QUE FAZER PARA MELHORAR OS NOSSOS SERVIÇOS (1)

Os serviços nacionais são, de um modo geral, de baixa qualidade. Em parte, isto justifica-se porque a defesa do consumidor é muito recente em Portugal. Os serviços públicos têm desempenhos produtivos ainda piores, porque existe uma inexplicável arrogância administrativa e um chocante desrespeito e desinteresse pelos contribuintes e cidadãos em geral. Ora, para termos uma Administração Pública mais eficiente necessitamos de fomentar os seguintes princípios: meritocracia, qualidade organizativa e responsabilização pessoal. A meritocracia é fundamental para alcançarmos uma maior eficiência do Estado, a qualidade organizativa é crucial para uma melhor eficiência da actividade económica, e a implementação de critérios de responsabilização pessoal é instrumental para melhorar os critérios de exigência do Estado. A tão badalada reforma da Administração Pública vai exactamente neste sentido e, por isso, esperemos que avance decisivamente. O governo tem a obrigação moral e cívica de não recuar nesta matéria. É igualmente fundamental sancionar exemplarmente gravemente os maus exemplos que “vêm de cima”. O Estado e os seus representantes não podem pedir aos cidadãos aquilo que se recusam a fazer. Por exemplo, não podemos pedir aos condutores(as) portugueses(as) que cumpram o código e andem menos depressa quando os nossos ministros e agentes de autoridade o fazem constantemente, mesmo sem estarem em situações de emergência. Um ministro apanhado a andar a 200km/h devia ser imediatamente exonerado, não só por pôr em perigo a segurança pública, mas também pelo péssimo exemplo que dá aos demais cidadãos.
ASP

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