12 fevereiro 2010

PREVISÃO

Eu sei que os economistas têm uma reputação um pouco duvidosa em relação às previsões que fazem. Mesmo assim, eu arrisco uma: este governo não chega ao Verão. Aliás, se as coisas continuarem como estão, penso que o grande prejudicado será o próprio partido do governo. O PS não só será grandemente penalizado nas próximas eleições, como arrisca a ficar muitos anos afastado do poder se não se conseguir desembaraçar dentro de pouco tempo do primeiro ministro e deste governo. E os socialistas começam a perceber isso mesmo, assim como é bem espelhado em vários artigos de opinião na imprensa de hoje (incluindo um de Narciso de Miranda no Público).

4 comentários:

Gi disse...

Oxalá isto não seja só wishful thinking. O eleitorado português tem as suas idiossincrasias.

Gi disse...

... como aliás parece aqui.

antonio disse...

Caro Àlvaro,

Tem toda a razão. os economistas têm uma fraca reputação quanto à sua capacidade de previsão. E não só: há uns anos o país tinha na governação mais engenheiros e advogados. Hoje são os econimistas que estão na moda. Mas infelizmente nada mudou para melhor.

Mas concordo cosigo quanto ao futuro deste governo. Diria até mais: eu tenho a certeza que este governo não chega ao verão. Mas o grande problema é que não há alternativa credivel O PDS tornou-se um deserto de ideias. Enfim, a situação agrava-se e o país está sem rumo.

Muito muito preocupante.

Abraço

Antonio

Carlos Pires disse...

"O PS não será grandemente penalizado nas próximas eleições" - falta o só.

O facto de PS ficar uns anos longe do poder não me preocupa nada, pelo contrário. O grande problema é que não há nenhum sinal que o PSD fizesse muito melhor (pior é difícil). Julgo que não se trata apenas da falta de ideias que referiu num comentário. Algumas pessoas do PSD até têm ideias. O que não se vê no PSD é qualquer vontade de mudar as actuais práticas políticas - baseadas na opacidade de processos, na cedência a interesses particulares ilegítimos, etc.
Ninguém acredita que uma vez no poder farão diferente desta vez. Paulo Rangel, por exemplo, fala em ruptura e elogia Alberto João Jardim e indica-o como modelo a seguir - porque ganha eleições.
Não parece haver, portanto, esperança.